Calhambeque, em Portugal, é uma pequena embarcação costeira . No Brasil, porém, é um termo genérico que designa vários modelos de automóveis produzidos nos primórdios da indústria automobilística, sobretudo os construídos até o final da década de 30.
Embora se possa utilizar, carinhosa ou depreciativamente, a palavra calhambeque para qualquer automóvel antigo ou em mau estado, o calhambeque genuíno é caracterizado por altas capotas(por vezes de lona), rodas raiadas (muitas vezes de madeira), largos estribos¸ radiador à mostra e pneus delgados de borracha, inclusive maciça nos modelos mais rústicos. Alguns ostentam ainda grandes faróis a carbureto e bancos inteiriços. São veículos que marcaram época e de silhueta inconfundível, razão pela qual chamam a atenção onde quer que passem - e cada vez mais, à medida que envelhecem.
Há no Brasil inúmeros Clubes do Calhambeque espalhados pelo país, vários deles filiados à Federação Brasileira de Veículos Antigos (que, por sua vez, é membro da Fédération International des Véhicules Anciens – FIVA).
O Ford T, considerado o principal calhambeque jamais produzido, teve mais de 15 milhões de unidades vendidas durante os anos em que foi industrializado, de 1908 a 1927.
Os aficcionados brasileiros criaram o neologismo antigomobilismo para referir-se à prática de colecionar veículos ou dados sobre automóveis antigos .
Roberto Carlos, artista brasileiro, lançou no álbum É Proibido Fumar, a canção O Calhambeque (que alcançou grande sucesso no Brasil) em homenagem ao seu calhambeque, um Ford 1929.
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